Dívidas da Igreja: Como gerenciar?

Dívidas da Igreja Como gerenciar

Como Gerenciar Dívidas de uma Igreja? Quais são as responsabilidades do pastor em relação às dívidas de uma igreja? E como fazer para tirar a Igreja desta situação?

Veja neste artigo como enfrentar e superar as dívidas da sua igreja.

Responsabilidade legal do pastor em dívidas contraídas pela igreja

Antes de tudo, é importante compreender que a igreja, como pessoa jurídica, possui um CNPJ e responde legalmente por suas próprias obrigações.

No entanto, quando falamos sobre dívidas, existe uma linha muito tênue entre a responsabilidade da instituição e a do pastor que está à frente dessa administração.

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Quando o pastor NÃO é responsável pelas dívidas da Igreja?

Em regra geral, se os contratos, empréstimos e acordos financeiros forem feitos em nome da igreja, dentro do que está previsto no estatuto social e com devida aprovação do conselho ou assembleia, a responsabilidade legal recai sobre a instituição, e não sobre a pessoa física do pastor.

Quando o pastor PODE ser responsabilizado pelas dívidas da Igreja?

Por outro lado, o pastor pode, sim, ser responsabilizado pessoalmente em algumas situações específicas, como:

  • Assinar contratos em nome próprio, mesmo que seja para beneficiar a igreja;
  • Realizar operações financeiras fora da autorização estatutária;
  • Se agir com negligência, má-fé ou desvio de finalidade, caracterizando uma gestão fraudulenta.

Nesse cenário, o nome do pastor pode ser incluído em ações judiciais, protestos em cartório e até bloqueios de bens pessoais, dependendo da gravidade da situação.

Portanto, a melhor forma de evitar que o pastor seja responsabilizado é não utilizar o CPF para realizar contratações em nome da Igreja.

Diagnóstico da Situação Financeira Atual

Antes de pensar em pagar qualquer dívida, o primeiro passo — e talvez o mais negligenciado — é enxergar com clareza o tamanho real do problema.

abrir conta bancária igreja
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Muitas igrejas se afundam ainda mais por ignorarem esse processo ou por tratar as dívidas apenas de forma emocional, sem um diagnóstico técnico.

Por onde começar para resolver as dívidas da Igreja?

Em primeiro lugar, reúna todos os documentos financeiros da igreja, como:

  • Contratos de empréstimos;
  • Acordos com fornecedores;
  • Boletos vencidos;
  • Parcelamentos em aberto;
  • Qualquer outro tipo de compromisso financeiro assumido.

Se possível, envolva um responsável administrativo ou contador que já acompanhe a rotina da igreja.

Como organizar essas informações financeiras?

Depois de reunir tudo, o próximo passo é estruturar essas dívidas de forma visual. Você pode usar uma planilha no Excel ou até mesmo uma folha A4.

Informações que devem constar nesse diagnóstico financeiro:

Para cada dívida listada, inclua:

  • Nome do credor (instituição, fornecedor, banco);
  • Valor total da dívida;
  • Valor da parcela (se houver);
  • Taxa de juros envolvida;
  • Data de vencimento;

Depois de fazer essa listagem, você pode adicionar uma coluna para classificar a dívida por prioridade, enumerando a ordem de prioridade.

Procure todos os fornecedores e apresente uma justificativa

Uma vez que o diagnóstico está feito e todas as dívidas estão listadas com clareza, o próximo passo é agir com transparência e responsabilidade diante de quem confiou na igreja como cliente.

Então você deve buscar contato com cada fornecedor, prestador de serviço ou instituição credora para explicar a situação atual e demonstrar disposição para honrar os compromissos.

Por que isso é importante?

Porque além de ser uma atitude ética que se espera de um cristão, esse gesto pode abrir portas para:

  • Renegociar prazos e condições;
  • Evitar protestos, juros abusivos ou ações judiciais;
  • Preservar relacionamentos importantes;
  • Manter a boa imagem da igreja perante a comunidade e o mercado.

Pois quando um alguém que está em débito se cala, a outra parte interpreta como desinteresse ou má-fé.

Por outro lado, quando há comunicação proativa, a confiança é mantida — e muitas vezes, fortalecida.

Como conduzir essa conversa?

Primeiramente, evite improvisos.

Por isso, antes de ligar ou enviar mensagem, tenha em mãos o resumo da dívida e uma proposta ou alternativa possível de renegociação.

Evite usar desculpas genéricas e seja honesto, direto e humilde.

Se a dívida não puder ser quitada de imediato, apresente uma justificativa legítima e proponha uma alternativa concreta, mesmo que simbólica, como sinal de boa fé.

E o que evitar nestes casos:

  • Transferir culpa (“foi culpa do antigo tesoureiro”);
  • Prometer o que não será possível cumprir;
  • Adiar o contato por vergonha ou constrangimento;
  • Ignorar fornecedores menores — todos merecem atenção, inclusive os mais simples.

Prepare-se para ouvir

Nem todos vão reagir bem de início — e tudo bem.

Pois o seu papel é assumir a responsabilidade institucional com equilíbrio, sem entrar em conflitos emocionais.

Pois com essa postura, você está se mostrando maduro na resolução do problema.

Estratégias para pagamento das dívidas de uma Igreja

Em seguida, depois de mapear a situação financeira e conversar com todos os credores, é hora de montar um plano de ação para quitar as dívidas da igreja.

E aqui entra uma palavra-chave: priorização.

Porque aqui, você vai precisar ter uma visão clara das despesas da sua igreja.

E só para exemplificar, veja o THEMPLUS, que é o nosso software de gestão financeira que fornecemos de maneira gratuita para igrejas que contratam a nossa assessoria contábil mensal:

Themplus software de gestão financeira para igrejas

 

Repare no gráfico que é possível ter uma visão clara, por percentual de todas as despesas da igreja, facilitando a visão e tomada de decisão sobre o que priorizar.

Classifique as dívidas por prioridade

Primeiramente, crie 3 ordens de prioridades para você visualizar o que deve ser resolvido primeiro:

  • Primeiro: dívidas com risco de protesto, juros altos ou que envolvem o nome da igreja ou do pastor. Essas precisam de atenção imediata.
  • Segundo: compromissos que estão em aberto, mas que ainda oferecem alguma margem de negociação ou prorrogação.
  • Terceiro: dívidas que podem esperar sem prejuízo grave, e que podem ser pagas a médio prazo.

Essa simples organização já traz clareza sobre onde colocar os primeiros esforços.

Com isso, você vai poder identificar o que precisa ser negociado, postergado ou cancelado.

Como gerar receita extra para momentos de crise?

Em tempos de aperto financeiro, cortar custos ajuda, mas gerar novas receitas é o que realmente acelera a saída dessa situação.

E quando falamos da igreja, isso precisa ser feito com muito zelo, honestidade e sabedoria.

O mais importante aqui é entender que o problema é coletivo — e, portanto, a solução também deve ser.

Envolva os membros com transparência

Então, antes de pensar em qualquer ação para arrecadação, o primeiro passo é apresentar o cenário atual para os membros da sua igreja.

E você não precisa abrir todos os detalhes, mas sim mostrar:

  • A existência da dívida e o motivo pelo qual isso aconteceu;
  • O impacto disso na missão da igreja;
  • Um plano de pagamento;
  • O que será feito com os recursos extras arrecadados.

Essa transparência vai gerar confiança e a participação voluntária dos membros da sua igreja.

Em seguida, você pode pedir sugestões de como a igreja pode levantar os recursos para realizar os pagamentos.

E com isso, algumas ideias podem surgir como:

  • sorteios;
  • cantinas;
  • bazares;
  • venda de produtos personalizados como copos ou camisas;
  • e lava jato, por exemplo.

Mas tenha o cuidado de deixar claro que tudo isso tem um propósito e é temporário, apenas para resolver um problema específico.

Conclusão: é possível resolver as dívidas da Igreja

Embora muitas vezes as dívidas da Igreja sejam complexas, na maioria dos casos é possível organizar e prosseguir.

Mas para isso, é necessário organização e gestão de pessoas e de processos.

E se a sua Igreja ainda não está regularizada, entre em contato conosco para resolver essa questão o mais rápido possível, pois uma Igreja que busca ser uma referência, precisa ser regularizada!

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