Gestão de Igrejas: por que Igreja deve ser gerida como empresa? Por que implementar técnicas empresarias de gestão pode auxiliar uma igreja a crescer? Veja tudo isto neste artigo!
Neste artigo, você verá:
ToggleAs igrejas, assim como as empresas, possuem obrigações junto ao governo
Em primeiro lugar, embora as igrejas sejam isentas de impostos no Brasil, todas elas, independente do seu tamanho, quantidade de membros ou volume de arrecadação que realizam, estão obrigadas a possuir um CNPJ, pois são consideradas pela legislação como pessoas jurídicas de direito privado.
E como qualquer pessoa jurídica, ela tem obrigações legais a cumprir.
O Código Civil e as normas da Receita Federal exigem que toda pessoa jurídica – inclusive igrejas:
- mantenha livros contábeis organizados;
- documentos fiscais em dia;
- e faça o envio de declarações dentro do prazo estabelecido, que devem ser elaboradas com base nas movimentações realizadas pela igreja.
Portanto, a igreja que não ou mantém a contabilidade regular e as obrigações em dia, pode ter o CNPJ declarado como inapto, o que impede, por exemplo, a movimentação da conta bancária da Igreja ou a realização de compras utilizando o CNPJ.
E além disso, a Receita cruza informações. Se um pastor recebe prebenda, por exemplo e isso não está declarado corretamente, o CPF dele pode cair na malha fina.
E aqui entra o ponto central: as igrejas precisam de gestão. E a gestão começa pelo cumprimento das obrigações legais, fiscais e contábeis.
As igrejas devem possuir uma gestão financeira saudável
Assim como qualquer instituição, a igreja lida com a entrada e saída de recursos.
Por isso, dízimos, ofertas e doações precisam ser geridos com responsabilidade.
E aqui está o problema: muitas igrejas têm fluxo de caixa, mas:
- Não têm controle financeiro real.
- Não fazem orçamento;
- Carecem de acompanhamento do saldo disponível;
- Não categorizam suas despesas;
- Não sabem se estão crescendo ou apenas sobrevivendo;
Ou seja, vivem um dia de cada vez, sem planejamento. E as empresas que agem assim quebram, e não seria diferente com as igrejas!
Além disso, quando não há uma gestão clara, começa a surgir desconfiança entre os membros, conflitos internos e, com o tempo, perda de autoridade da liderança.
Por outro lado, quando há um sistema bem estruturado — com prestação de contas, relatórios, metas e organização — a confiança aumenta.
Portanto, uma gestão financeira saudável permite que a igreja cresça, invista mais em pessoas, expanda projetos e se mantenha estável, inclusive nos momentos de crise.
As igrejas devem fazer processo seletivo de voluntários
Esse ponto costuma gerar polêmica, mas precisa ser dito: nem todo mundo que quer servir está pronto para servir.
Assim como as empresas escolhem quem vai fazer parte da equipe, a igreja também precisa adotar critérios claros para selecionar e preparar voluntários.
E não se trata de excluir ninguém.
Trata-se de proteger a cultura, garantir excelência e evitar problemas tanto para quem serve quanto para quem é servido.
Para servir em um ministério, um voluntário precisa ter as seguintes características:
- ser um cristão maduro;
- ter capacidade técnica para exercer a função;
- ter tempo disponível para a função;
- e o principal: seguir a visão pastoral e da igreja.
E sem processo seletivo, o que acontece na prática é o seguinte:
- Pessoas assumem funções sem preparo;
- Ministérios viram pontos de conflito;
- O ambiente se torna pesado, por falta de alinhamento.
Agora, quando existe um processo, mesmo que simples, o cenário muda:
- A liderança tem clareza sobre quem está entrando.
- O voluntário entende o propósito da função.
- A igreja passa a operar com mais ordem, estrutura e resultado.
Além disso, o processo não precisa ser burocrático, mas deve incluir uma entrevista informal, que leve em conta o perfil comportamental, valores e compromisso com o Reino.
As igrejas devem treinar seus voluntários
Agora que falamos sobre seleção, vamos falar do próximo passo, que é o treinamento.
Certamente, colocar alguém para servir sem preparo é muito arriscado e voluntário precisa ser orientado e acompanhado.
Pois sem treinamento, o voluntário faz do jeito dele. E quando cada um faz do seu jeito, o ministério perde consistência.
Por outro lado, quando existe treinamento contínuo:
- As pessoas sabem o que fazer e por que fazer.
- A excelência se torna padrão.
- A equipe se sente valorizada e motivada.
E aqui está um ponto que todo líder precisa entender: treinar não é custo, mas sim um investimento.
As igrejas devem fazer uso de tecnologia para realizar sua gestão
Assim como as empresas utilizam ferramentas para organizar seus processos, as igrejas também precisam usar tecnologia a seu favor.
Afinal, se temos ferramentas que facilitam o controle financeiro, a gestão de membros, o planejamento de cultos e até o agendamento de voluntários… por que não usar?
Vamos a alguns exemplos práticos:
Um bom sistema de gestão financeira:
- evita erros em lançamentos;
- automatiza relatórios;
- e ajuda na prestação de contas.
Além disso, plataformas de comunicação com membros melhoram o engajamento e reduzem a possibilidade de informações desencontradas.
Existe também a possibilidade do uso de softwares de secretaria organizam:
- dados de batismo;
- acompanhamento pastoral;
- escalas;
- e frequência de membros.
Portanto, usar tecnologia não é opcional, mas estratégico.
E é por isso que nós disponibilizamos de maneira gratuita o Themplus, o nosso sistema de gestão financeira para as igrejas que contratam a nossa assessoria contábil.
Gestão de Igrejas: Conclusão
Se você chegou até aqui, já deve ter entendido uma coisa: Igreja não é empresa.
Mas se não for gerida como uma, pode se perder no caminho.
Obrigações legais, gestão financeira, seleção de pessoas, treinamento, tecnologia… Tudo isso é a base que permite que a missão se sustente no longo prazo.
Por isso, se você é pastor ou faz parte da administração de uma igreja, saiba que contar com uma assessoria contábil especializada em igrejas pode pode auxiliar muito na gestão da sua igreja.