A Confusão Patrimonial é sem dúvidas o principal erro cometido pelas igrejas brasileiras. Isso se torna ainda mais comum em igrejas pequenas, que estão no início do Ministério.
Por conta disso, baseados em nossas experiências, vamos explicar neste artigo o que é Confusão Patrimonial e como evitar esse erro no dia a dia da sua igreja.
Neste artigo, você verá:
ToggleO que é Confusão Patrimonial?
A Confusão Patrimonial nada mais é do que a mistura dos bens e patrimônios de uma Pessoa Jurídica com os bens e patrimônios de uma pessoa física, que geralmente é o administrador do CNPJ em questão.
Sendo assim, é muito comum encontrar Igrejas nas quais os gastos de sua operação se misturam com gastos pessoais do pastor ou tesoureiro. Essa prática, além de gerar confusão na gestão do caixa da igreja, pode fazer com os que a praticam sejam tributados!
Como evitar a Confusão Patrimonial nas Igrejas?
Para lhe auxiliar, vamos listar algumas práticas que deve ser adotadas para evitar a confusão patrimonial em sua igreja.
Transferir todas as contas para o CNPJ da Igreja
É muito comum que no início de um Ministério, o pastor realize a contratação de diversos serviços em seu CPF, como os serviços de energia e telefonia. Porém, a partir do momento em que a Igreja possui um CNPJ, o pastor deve transferir todas as responsabilidades para o CNPJ da Igreja.
Além disso, a igreja deve realizar todas as compras utilizando o seu CNPJ. É muito comum que o pastor realize compras de itens de valor relevante em seu CPF, como cadeiras, aparelhos de ar condicionado, aparelhos de som, instrumentos, etc. Toda essa movimentação causa confusão patrimonial, não deixando claro o que pertence ao pastor e o que pertence a Igreja.
Abra uma Conta Bancária de Pessoa Jurídica
Após gerar o CNPJ, para ter uma boa gestão é importante abrir uma conta bancária para sua Igreja. Abrir uma conta bancária vai ajudar a organizar toda a vida financeira da sua igreja. Além disso, a abertura da conta bancária vai permitir que os membros da igreja façam transferências e depósitos, facilitando o recebimento dos dízimos e ofertas.
Ao abrir a conta bancária, você poderá realizar todos os pagamentos através da plataforma bancária, evitando que os boletos sejam pagos em contas bancárias de terceiros, o que seria uma prática incorreta.
Ao utilizar a conta bancária de um membro da igreja para realizar depósitos e pagamentos, existe um grande risco de que essa pessoa física seja tributada pela realização desta movimentação financeira.
Solicite um cartão de crédito para a sua Igreja
Após a abertura da conta bancária, solicitar o cartão de crédito de Pessoa Jurídica é o próximo passo. Utilizar o cartão de crédito de um membro talvez seja uma das práticas mais realizadas no dia a dia das igrejas, devido a facilidade que o cartão de crédito proporciona. Por isso, ter o Cartão próprio do seu CNPJ vai te poupar de problemas de gestão.
Embora seja algo comum, não é o correto! Por isso, após abrir a conta bancária, veja com seu banco sobre a possibilidade de conseguir um cartão de crédito, evitando a utilização de cartão de terceiros, o que seria uma prática que configura confusão patrimonial.
Não adquira bens em nome de terceiros
A compra de veículos e imóveis pertencentes à igreja em nome do pastor é outra prática muito comum realizada pelas igrejas. Muitos pastores costumam utilizar condições de crédito pessoais para a compra de bens e patrimônios de alto valor.
Além de estar incorreto, bens em nome de terceiros também vão inviabilizar a concessão de isenção de impostos como IPTU e IPVA.
Conclusão
Manter a contabilidade da igreja organizada não é uma tarefa simples. Por isso, procure manter todos os registros em dia e estabelecer metas para que a igreja esteja sempre regularizada. Neste momento, manter uma Assessoria Contábil especializada pode fazer toda a diferença!